terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Aquecimento Global

Energia, Ambiente e Inclusão Social

A questão ambiental se tornou uma das grandes preocupações de nosso tempo em todo o mundo. A opinião pública se volta cada vez mais para problemas ligados à qualidade de vida e ao futuro do planeta, dando crescente apoio a grupos ambientais e partidos políticos “verdes”.

Está em curso um processo de conscientização geral sobre os efeitos do aumento da população mundial, sobre a limitação dos recursos disponíveis, poluição industrial, mudanças climáticas globais, e sobre os hábitos de desperdício das sociedades de consumo. Todas estas questões estão agora sendo vistas como aspectos diferentes de um mesmo problema – nossa incapacidade, demonstrada até aqui, de promover o desenvolvimento sustentável.

Os avanços tecnológicos e o crescimento da população mundial estão trazendo conseqüências para o planeta. Fábricas, veículos e lixo aliados ao desmatamento estão começando a
se tornar problema. E isto está acontecendo porque certos gases na atmosfera, principalmente os oriundos do carbono que têm a capacidade de reter calor, formando uma camada isoladora em torno da terra. Tal camada permite a passagem dos raios solares, mas impede que escape parte do calor radiado da terra.

O fenômeno pode ser comparado à função do vidro numa estufa (de plantas), daí o termo “efeito estufa”, comumente utilizado para descrever o mecanismo de retenção de calor na atmosfera. A progressiva acumulação de gases de efeito estufa, produzidos pelo homem, na atmosfera é agora considerada como um fator que contribui para agravar o aquecimento global, constituindo-se em um possível agente de mudança climática.

Se não houver mudanças nas práticas atuais, o Painel Intergovernamental Sobre Mudança Climática prevê, até o fim do século XXI, um aumento de cerca de 3°C, na temperatura atmosférica, com implicações importantes para a agricultura e a distribuição demográfica em todo o mundo. O que já está acontecendo.

Os governos estão dando cada vez mais prioridade à redução de emissões de CO2 (o mais importante dos gases do efeito estufa) e, para isto, têm encorajado a redução no consumo de combustíveis fósseis. No “front” legislativo - e em grande parte como resposta à pressão da opinião pública - vem ocorrendo uma acentuada mudança de atitude, a partir do final dos anos 80, com os governos assumindo posições mais fortes em relação a questões como disposição de resíduos, poluição do ar e da água, políticas de energia e de transporte.

Ações coordenadas vêm sendo tomadas para deter essa elevação, por meio da adoção do Protocolo de Kyoto, em 1997. O documento visa a redução nas emissões dos seis principais gases causadores do efeito estufa: dióxido de carbono, metano, óxido nitroso, HFCs, PFCs e hexafluoreto de enxofre. O ônus pesa agora em grande parte sobre a indústria, que se vê pressionada a controlar sua poluição e minimizar a produção de todas as formas de resíduos.

Pesa contra ela também os efeitos da adoção do princípio “O Poluidor Paga”, que agora é parte da legislação ambiental da maioria dos países industrializados. Os administradores precisam estar cientes das questões ambientais e da legislação pertinente, de modo a reduzir a exposição de suas empresas ao risco de processos.

É pouco provável que a legislação sozinha consiga produzir melhorias permanentes no desempenho ambiental da indústria e comércio, ou nas atividades do público em geral. Afinal, compete à comunidade empresarial gerenciar as mudanças necessárias para assegurar a redução da poluição ambiental e promover o desenvolvimento sustentável em longo prazo.

Outra constatação, por mais desafiadora que seja, é a seguinte: como está não da mais para continuar! Se quisermos salvar o planeta e a humanidade, seremos obrigados a imaginar e a inventar outro modo de conviver, de produzir, de distribuir os bens necessários, de consumir responsável e solidariamente e de tratar nossos dejetos.

Como enfatiza a Carta da Terra, precisamos de um modo sustentável de viver, porque o atual e vigente não é mais sustentável para 2/3 da humanidade.

Para nos salvar, importa redesenhar todo o processo produtivo, adequado a cada ecossistema, valorizando tudo o que a humanidade inventou para sobreviver, dos sistemas agropastoris e agroecológicos até a moderna tecnologia com sua imensa possibilidade de resfriar o planeta.

Reinventar o humano só será possível assumindo nosso habitat chamado Terra, que é a comunidade de todos os sistemas de vida.

Assim, respeitar as espécies animais, cuidar do eco-sistema, preservar as matas nativas e as fontes de água, zelar pela qualidade do ar que respiramos, tudo isso faz parte de uma evolução da consciência humana.

O primeiro passo será sair dos atuais padrões de consumo que nos escravizam.
É urgente lembrar que nosso planeta, com seus sete bilhões de habitantes, será sempre a somatória da evolução de cada indivíduo. O dia para mudar de atitude já está indo embora!

Fonte:
Fernando Villaça Gomes
Diretor de Promoções Culturais do Senge-MG

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